Paper
Práticas de Enfrentamento ao Racismo: Consciência Negra nos Quilombos de Santo Antônio e Vidal
presenters
Andressa Carvalho
Nationality: Brasil
Residence: Brasil
Universidade Federal do Reconcavo Baiano
Presence:Online
Nadjane Mendes dos Santos Lemos
Nationality: Brasil
Residence: Bahia
Presence:Online
Camila Brandão Pires
Presence:Online
Keywords:
Território; Quilombos; Consciência Negra.
Abstract:
As considerações aqui apresentadas são fruto das investigações do Grupo de Pesquisa Desenvolvimento, Política Social, Cultura e Turismo nas comunidades quilombolas de Santo Antônio e Vidal. A investigação das manifestações culturais e organizações sociopolíticas existentes nestes territórios, possuem como intuito compreender de que forma as comunidades quilombolas do Recôncavo Baiano têm organizado e expressado seus modos de ser: em especial, a afirmação de suas identidades e tradições. A pertinência de tal investigação se dá pela necessidade de evidenciar as vivências de tais comunidades, que expressam em sua gênese, a luta e resistência do povo negro frente à colonização e ao processo escravocrata no Brasil. O movimento histórico estabelece um processo de tensão racial e desigualdade, que ainda permeia o país, no que tange ao acesso das populações negras a direitos sociais e bem viver. Sendo às comunidades quilombolas territórios seculares de resistência negra, os quilombos mencionados destacam-se por um evento realizado dentro das atividades do Novembro Negro: o dia 20 de novembro, evoca a data de morte da liderança de Zumbi, do quilombo de Palmares, assassinado em luta por seu território em 1695. Enquanto reivindicação dos movimentos negros, a data, no país, foi instituída como Dia da Consciência Negra, sendo reconhecida como feriado nacional por legislação em 2023. Neste contexto, tal evento, realizado desde 2015, destaca-se pelo intuito de sensibilizar a comunidade ao diálogo e reflexão de pautas como o racismo, o sexismo, e o acesso a direitos como educação, cultura, saúde e mobilidade, e também ao senso de comunidade. Na investigação, buscamos notabilizar o protagonismo feminino, visto que a idealização de tal atividade parte da ação de uma agricultora familiar e uma educadora, ambas membros de tal comunidade, e a contribuição da associação comunitária enquanto espaço de formação e proposição política, e principal entidade organizativa e apoiadora do evento.